Era uma vez um representante de Cristo aqui na terra. Tempos idos, mas cuja repercussão nunca foi apagada. Esse homem era como você e eu. Porém, não se surpreenda com seu aspecto físico. Suspeita-se que tivesse um problema físico que nunca foi resolvido e tinha uma performance insignificante, talvez até mesmo (cf. a tradição) calvo, pernas tortas, troncudo… Acusaram-no de “desprezível”, que incluía itens de comunicação oral.

Este homem, por vezes, preferia se comunicar por cartas; um sujeito que não levantava sua voz para defender-se diante de opositores. Havia sérios problemas de ordem teológica e comportamental por parte dos adversários.

Um pouco da lista:

– Divergência na compreensão e pregação do Evangelho.

– Divergência da fonte de autoridade apostólica.

– Divergência de significado de triunfalismo.

– Divergência quanto a experiências visionárias e revelações.

– Divergência quanto a conexões com a raça judaica.

– Divergência quanto às intenções de levantamento de ofertas.

Os oponentes foram denominados de “falsos apóstolos” e “super apóstolos”.

Nosso personagem é o apóstolo Paulo; estamos o seguindo conforme sua Segunda carta aos Coríntios. Ele já tinha afirmado em sua primeira missiva: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo (11.1).

Quais foram os sinais de sua eficiência em Cristo, não obstante os adversários? Vejamos:

  1. Havia traços de insensatez por parte dos opositores (doravante*). Mas Paulo agia com sabedoria e discernimento.
  2. Havia muita prepotência. Paulo mantinha sua confiança em Deus.
  3. Havia sede de domínio. Para Paulo nada era mais primordial que o serviço aos outros.
  4. Havia busca de sinais externos. Em Paulo as marcas do verdadeiro apostolado eram seus frutos.
  5. Havia motivação triunfalista. Paulo não tinha dúvida, a força está na graça divina.

Pensando em relacionamento Pastor/Diretoria, deveríamos afirmar que:

  1. Somente há sucesso nas nossas demandas debaixo do “Mando de Cristo”.
  2. Perdemos nossa autoridade quando cedemos espaço demasiado aos nossos próprios interesses e não aos do Reino de Deus.
  3. Sempre a solução de conflitos exige humildade, domínio próprio e disposição para a pacificação.
  4. Os irmãos que servimos avaliam muito mais nossas reações do que ações.
  5. Quanto mais amistosa a relação, mais chances para o acerto e sucesso.

Algumas frases de Paulo em 2 Coríntios:

“Graça e paz sejam convosco…”(1.2); “…quis visitar-vos para que recebesseis o segundo benefício” (1.15); “…também eu lhe perdoo” (2.10); “…somos o bom aroma de  Cristo” (2.15); “…não nos desanimamos” (4.1); “…tesouro em vasos de barro” (4.7); “…para o vosso benefício” (4.15); “…ministério da reconciliação” (5.18-20); “Entristecidos, mas sempre alegres…” (6.10); “…nosso coração está aberto!” (6.11); “…falo como a filhos” (6.13); “Daí espaço para nós em vosso coração…” (7.2); “Pois tomamos cuidado com o que é honesto…” (8.21). 

Penso que valha meditar profundamente como lidamos com a causa de Cristo após as palavras de Paulo em 2 Coríntios 11.2:

“Porque tenho ciúmes de vós, e esse ciúme vem de Deus, pois vos prometi em casamento a um único marido, que é Cristo, para vos apresentar a ele como virgem pura”.

Que isso anime muito nossos corações.

O Senhor abençoe a todos, servos preciosos, amigos pastores e diretorias.

Pr. Martin G. Landenberger.